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Ronaldo ressurge e dá o penta ao Brasil

Ronaldo ressurge e dá o penta ao Brasil

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No dia 14 de novembro de 2001, Ronaldo se encontrava em um estado de grande aflição. Naquela data, o Brasil jogaria a última rodada das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo da FIFA Coreia do Sul/Japão 2002, brigando com outras três seleções por uma vaga no Mundial. Enquanto isso, o atacante, então com 25 anos, sofria com mais uma grave lesão no joelho que novamente ameaçava encerrar a sua carreira. Para completar, já haviam dito a ele que, caso a Seleção Brasileira se classificasse, ele não poderia participar do torneio. E naquele exato dia o Fenômeno nada podia fazer para ajudar o seu país a manter o glorioso recorde de nunca ter ficado de fora de uma Copa do Mundo da FIFA.

Felizmente para o Brasil, o país derrotou a Venezuela por 3 a 0 graças a dois gols de Luizão e um deRivaldo, e os resultados das outra partidas também foram benéficos. Felizmente para Ronaldo, ele conseguiu se recuperar de forma extraordinária e, embora estivesse praticamente sem jogar havia quase dois anos e meio, o técnico Luiz Felipe Scolari nem pensou duas vezes para incluí-lo no elenco que disputaria a 17ª edição da Copa do Mundo da FIFA.

No entanto, o Brasil chegou desacreditado ao torneio, ofuscado por equipes consideradas favoritas, como a França, então campeã mundial e europeia, a Argentina, que havia feito uma brilhante campanha nas eliminatórias, e a Itália, que tinha um elenco recheado de grandes jogadores. Todos achavam que o Brasil, adotando uma formação com três zagueiros, rara no país do futebol arte, não conseguiria chegar longe, mesmo com Ronaldo.

Mas isso não abalou a Seleção Canarinho nem o seu camisa 9. Ronaldo marcou quatro gols em três jogos na fase de grupos nas vitórias por 2 a 1 contra a Turquia, 4 a 0 contra a China e 5 a 2 contra a Costa Rica. Nas oitavas de final, o Brasil venceu a Bélgica por 2 a 0 e ele voltou a balançar as redes. Nas quartas, Ronaldo recebeu marcação pesada contra a Inglaterra e não colocou o seu nome na súmula, deixando espaço para que o xará Ronaldinho Gaúcho brilhasse na vitória por 2 a 1. Mas na semifinal, novamente contra a Turquia, foi dele o único gol da partida.

Então, nesta mesma data há dez anos atrás, o Brasil enfrentou a Alemanha na final da Coreia do Sul/Japão 2002. A equipe treinada por Rudi Völler dominou a posse de bola até os 15 minutos do segundo tempo, mas ninguém conseguiu abrir o marcador. Aos 22 minutos, Ronaldo apareceu pela esquerda com a bola, mas tropeçou e ela foi parar nos pés de Dietmar Hamman. Ronaldo se levantou imediatamente e roubou a bola do alemão, tocando-a para Rivaldo, que chutou forte de fora da área.Oliver Kahn apenas espalmou. Nesse momento, Ronaldo estava praticamente quatro metros atrás de Carsten Ramelow e na mesma linha de outros dois adversários, mas mesmo assim deu uma arrancada e chegou bem na frente dos alemães para pegar o rebote e colocar o Brasil na frente.

Quando parecia que a Alemanha começaria a reagir, Kléberson apareceu pela esquerda e passou a bola para o meio. Rivaldo deixou a bola passar por entre as suas pernas e Ronaldo recebeu em boa posição. O Fenômeno dominou e chutou sem chances para Kahn, dando números finais à partida.

“Disseram que eu não deveria convocá-lo (para a Coreia do Sul/Japão 2002), que não havia chance de ele ter condições de jogo e entrar em forma”, afirmou Scolari mais tarde. “Mas o Ronaldo conseguia marcar gols de olhos fechados. Ele fez uma Copa do Mundo extraordinária e foi decisivo no momento mais importante conforme a pressão foi crescendo na final.”

Mario Zagallo também comentou sobre o assunto. “Eles haviam descartado o Ronaldo, diziam que ele nunca mais jogaria”, comentou. “Mas ele provou que eles estavam errados da forma mais incrível. Tive a sorte de jogar ao lado do Pelé em 1958 e de ser o seu treinador em 1970, e joguei com o Garrincha em 1962. Mas o desempenho do Ronaldo em 2002 esteve à altura das melhores atuações individuais da história da Copa do Mundo.”

Fonte:  http://pt.fifa.com

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JGalvão

O sapato do momento

O modelo Bechett, de Isabel Marant, é hit entre celebridades e fashionistas
Foto: Divulgação

Enquanto o calor e as novas modas não chegam, fiquemos com as modas confirmadas, como é o caso do tão desejado sneackers. Você certamente já viu o tênis do momento (foto) em revistas, nos pés de celebridades como Beyoncé (ela usa um no clipe da música Love on Top) e Carolina Dieckman.

Carolina Dieckmann e Sabrina Sato são adeptas!
Foto: AgNews

Com salto-alto embutido, o modelo alonga a silhueta e é hit nos quatro cantos do mundo. Foi a estilista francesa Isabel Marant quem lançou a moda, logo reproduzida por diferentes marcas com o mesmo desenho e problema. Sim, há um problema com o modelo Sneackers, a peça está sempre esgotada nas lojas por causa da grande procura e consequente saída dos pares. Há, inclusive, filas de espera pelo objeto de desejo em algumas lojas.

O Movimento Habla não soluciona este problema para você, ou seja, não encontra um par de sneackers, mas associa o boom do tênis hype com diferentes tendências de comportamento do universo feminino, como a vontade de estender a adolescência, quebrar a barreira dos gêneros e mais. O mundo fashion  e o comportamental, você sabe, estão quase sempre juntos. 

Novidade nas lojas

Nike lança o seu primeiro tênis com salto embutido
Foto: Divulgação

O sucesso do tênis é tamanho, que, até a Nike, famosa pelos modelos esportivos, resolveu investir na tendência. Em parceria com a Liberty London, conhecida por suas estampas floridas, a marca traz para o Brasil o “Dunk Sky High” com salto embutido e inspirado no basquete. A novidade chega às lojas com preço sugerido de R$ 399,90*.

*Preço pesquisado em junho/2012

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br

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JGalvão

#Eurocopa2012 – Xavi admite que poderia ter rendido mais

xavi espanha coletiva (Foto: Agência EFE)Xavi admitiu que está devendo na Eurocopa: ‘Gostaria de ter sido mais importante’ (Foto: Agência EFE)

Xavi Hernández chegou com cerca de dez minutos de atraso na entrevista coletiva prévia à decisão da Eurocopa 2012, neste sábado. Ele e o goleiro Iker Casillas, já nos acréscimos, se perderam pelos corredores confusos do Estádio Olímpico de Kiev, prestes a receber milhares de espanhóis e italianos no domingo. Mas esse é o menor dos problemas do camisa 8, que admitiu estar devendo na campanha da Fúria sem ainda ter marcado ou dado assistências. O que poderia justificar, por exemplo, as críticas em torno do futebol praticado pelo time de Vicente del Bosque, já que o meio-campista costuma ser quem mais tenta aproximar a seleção do seu Barcelona.

– Eu me sinto participante em todas as vitórias, mas teria gostado mais se fosse mais importante nos jogos-chave. Eu me sinto muito confortável jogando com essa filosofia e minha prioridade é o time. Tentarei aproveitar o jogo – disse Xavi, defendido pelo treinador.

– É muito difícil que jogue mal, sempre vai bem. Tem talento, qualidade, é solidário, pensa no time e é dos que principalmente marcam nossa forma de jogar – completou Del Bosque.

O estilo de jogo já conhecido, portanto, seguirá como carro-chefe da Espanha. Xavi garante:

– Não estamos entediados, nós nos divertimos, acreditamos neste estilo definido. É uma filosofia muito boa, todos os futebolistas se adaptam perfeitamente. Priorizamos esse talento ante o futebol físico, e o torcedor se sente identificado com esse futebol, assim como nós. Não se pode pedir mais.

Xavi no treino da Espanha (Foto: AP)Xavi em treino da Espanha neste sábado (Foto: AP)

Na verdade, pode sim, Xavi. O título da Eurocopa neste domingo completaria o que a imprensa se refere como tríplice coroa, com a Euro 2008 e a Copa 2010 já no currículo. A expectativa da torcida passou para os jogadores.

– Para nós se trata de algo ideal, estamos em um cenário magnífico e fantástico para seguir fazendo história nesse esporte. Não se chega a uma final de Eurocopa todos os dias e temos a sorte de ter ganhado muitas coisas. Nós realmente queremos fazer tudo bem e mostrar que esse time continua com a mesma fome de demonstrar o futebol que estamos acostumados.

Por fim, Xavi afirmou se sentir um privilegiado por estar fazendo parte dessa geração.

– Me sinto muito sortudo: há alguns anos, o futebol tendia mais ao caminho da contenção, mais físico… Tivemos muita sorte com os futebolistas com mais técnica, porque chegou o futebol alegre e vistoso, que também faz jogadores como Pirlo. Estou muito feliz de que as coisas saíram assim e que o futebol seja mais ofensivo e alegre.

Espanha e Itália disputam a final da Eurocopa 2012 neste domingo, a partir das 15h45m (de Brasília), no Estádio Olímpico de Kiev.

Fonte: http://globoesporte.globo.com

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JGalvão

Toronto Holds New York To Draw

TORONTO – After an explosive start, Toronto FC and the New York Red Bulls could not find the net again and played to a 1-1 draw Saturday night at BMO Field.

New York’s Jan Gunnar Solli and Toronto’s Danny Koevermans traded goals in the first six minutes of the game as TFC continued on a roll after opening the season with nine straight losses. Since Paul Mariner took over for ex-manager Aron Winter on June 7, the Reds have compiled a 1-1-3 record.

And while New York came closest to adding a second when they hit the post in the first half, it was Toronto who nearly took all three points with several chances in the closing stages of the match.

However, early on it looked like the same old story for Toronto, surrendering an easy goal early as New York struck in the fourth minute.

Solli was allowed too much room in the left side of the box and put his right foot to knock in a cross from the right from teammate Brandon Barklage into the bottom left corner. It was Solli’s second goal of the season in consecutive matches.

But two minutes later, the ever-dangerous Koevermans was in the center of the box to head home a corner from Torsten Frings for his eighth goal of the season and seventh tally in his last seven matches.

Just a few minutes later, Toronto winger Reggie Lambe made a strong run while fighting off two defenders, slipping the ball past NY goalkeeper Ryan Meara who had come off his line. But defender Wilman Conde slid at the goal line to prevent the ball from crossing.

Forward Kenny Cooper nearly put the Red Bulls ahead in the 45th minute when he beat the Toronto offside trap but his deflection of a cross caromed off the left post.

In an evenly played second half, New York (9-4-4) had all they could handle to hold off Toronto, especially in the final 10 minutes left. First Koevermans put a header into the hands of Meara and then second-half substitute Nick Soolsma just missed to the right.

Toronto look to continue their climb up the standings on Wednesday, July 4 at FC Dallas. New York remain in 2nd place in the East and next face New England on July 8 at Gillette Stadium.

Fonte: http://www.torontofc.ca

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JGalvão

#FutebolFeminino – Campeãs europeias carimbam a vaga

Campeãs europeias carimbam a vaga

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Já estão definidas as duas seleções que faltavam se classificar para a Copa do Mundo Feminina Sub-17 da FIFA Azerbaijão 2012. Após vencerem suas respectivas semifinais na Euro da categoria, Alemanha e França garantiram vaga no Mundial. As alemãs, no entanto, devem chegar mais animadas ao torneio, já que se sagraram campeãs continentais nesta sexta-feira, dia 29 de junho, ao derrotar as francesas por 4 a 3 nos pênaltis, após um empate em 1 a 1 no tempo regulamentar. O jogo foi disputado na cidade suíça de Nyon.

Um total de 42 seleções participou do campeonato europeu desde as eliminatórias. Nas semifinais, a França derrotou a Suíça por 5 a 1, enquanto a Alemanha superou a Dinamarca por 2 a 0. Na decisão, as duas seleções vencedoras se enfrentaram sob um calor de 31 graus. O primeiro tempo foi muito disputado, mas nenhuma das equipes conseguiu abrir o placar. Aos 12 da etapa final, Kadidiatou Diani marcou o gol das francesas pegando a sobra de uma falta cruzada na área. Mas as alemãs, comandadas pela técnica Anouschka Bernhard, deixaram tudo igual dez minutos mais tarde, quando Pauline Bremer também completou uma cobrança de falta de Vivien Bell. Na disputa por pênaltis, a goleira Merle Frohms foi a heroína, com duas defesas.

Espírito de equipe
“Até agora não consegui assimilar o fato de que somos campeãs europeias”, afirmou Bernhard após o triunfo, em entrevista ao FIFA.com. “Mas é claro que eu já havia pensado como seria se isso acontecesse. Imaginei que me molhariam da cabeça aos pés na comemoração. Faz mais de um ano que estou trabalhando com essa geração, mas nossa evolução foi bem lenta. No ano passado, participamos da Copa Nórdica e ficamos apenas na sétima colocação. Uma seleção alemã nunca havia ido tão mal nesse torneio. Se alguém tivesse falado que este momento de agora chegaria, eu teria dito que estava completamente louco. Por isso, é realmente inacreditável o que essa equipe fez”, afirmou a treinadora de 41 anos.

Um dos principais fatores que levou a seleção alemã não apenas ao título europeu, mas também à classificação para o Mundial Sub-17 foi seu espírito de equipe. “Esta safra de jogadoras é muito boa, mas elas precisavam atuar como um conjunto”, analisou Bernhard. “No começo, não conseguiam fazer isso muito bem, mas ao longo das eliminatórias para a Euro foi incrível como passaram a trabalhar coletivamente. Ficou claro que seria difícil para qualquer seleção nos derrotar se jogássemos dessa forma.”

De fato, as jogadoras alemãs não deixaram dúvidas quanto a esse espírito de equipe no torneio continental. A própria Bernhard admitiu que a França era mais forte e dominou parte do jogo. “Obviamente, a disputa por pênaltis sempre depende um pouco da sorte”, afirmou. “Mas precisamos considerar como a equipe lutou. Faltavam cerca de 20 minutos para o fim e elas não baixaram a cabeça. Era uma situação do tipo ‘agora ou nunca’. Assim, passamos a jogar muito bem e partimos para cima, mostrando agressividade. Elas lutaram muito para marcar o gol de empate. Tínhamos jogadoras que estavam em campo fazia apenas dez minutos. São detalhes como estes que fazem a equipe se recuperar em uma partida e igualar o marcador. E, então, tive a sensação de que ganharíamos nos pênaltis.”

Próxima parada: Azerbaijão
França e Alemanha não terão muito tempo para descansar. Na sexta-feira, dia 6 de julho, às 19h (horário local), será realizado no Centro Internacional de Mugam, em Baku, capital azeri, o sorteio da Copa do Mundo Feminina Sub-17 da FIFA. Então, ambas as seleções conhecerão suas adversárias na fase de grupos do Mundial.

“Começaremos em agosto a fazer nossa preparação no Azerbaijão”, afirmou a treinadora alemã, que foi vice-campeã mundial em 1995 como jogadora da seleção principal de seu país. “Em julho, minhas atletas terão folga total. Estamos incrivelmente felizes. Baku é uma cidade fascinante. Será a primeira Copa do Mundo de todas nós e começaremos juntas essa aventura. É ótimo que continuemos jogando, porque esta equipe é realmente muito boa. Assim, poderemos viver nosso sonho até outubro.”

“Somos as atuais campeãs europeias e, obviamente, queremos chegar longe na Copa do Mundo”, continuou Bernhard. “Sair na primeira fase ou somar apenas um ponto não está entre nossos objetivos. Ainda não sabemos quem cairá em nosso grupo. Por isso, queremos apenas nos divertir juntas, jogar um bom futebol e mostrar que somos uma boa equipe.

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JGalvão

Blanc deixa o comando da França

laurent blanc frança islândia amistoso (Foto: Agência Reuters)Blanc pediu para sair do comando técnico da
seleção francesa (Foto: Agência Reuters)

Laurent Blanc não é mais técnico da França. A informação foi divulgada neste sábado pelo jornal “L’equipe”. De acordo com a publicação, a decisão foi tomada pelo próprio treinador, que comunicou o desejo aos dirigentes da Federação Francesa. Didier Deschamps, ex-comandante do Olympique e atualmente sem clube, é o favorito para assumir o cargo.

Na última quinta-feira, Blanc teve uma longa reunião com o presidente da federação, Noël Le Graët, que chegou a oferecer um contrato até a Copa do Mundo de 2014 ao comandante. Porém, neste sábado, Blanc optou por deixar o cargo, muito por conta do desempenho da França na Euro 2012. Dos quatro jogos disputados, o time venceu apenas um.

– É uma pena que ele tenha saído – teria afirmado Michel Platini, presidente da Uefa, em Kiev, na Ucrânia.

Sobre Deschamps, o favorito para assumir o cargo, Platini foi só elogios.

– Ele conhece bem a “casa” (seleção). Seria um bom treinador, mas a escolha será do presidente da Federação Francesa – afirmou o ex-jogador.

Blanc assumiu a França após o fiasco de Raymond Domenech na Copa do Mundo de 2010, disputada na África do Sul. O ex-zagueiro assumiu com a missão de acabar com as desavenças entre os jogadores da equipe francesa.

Fonte: http://globoesporte.globo.com

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JGalvão

#Eurocopa2012 – Dez momentos que marcaram a Euro

Dez momentos que marcaram a Euro

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Espanha e Itália entrarão em campo neste domingo para decidirem a final da UEFA Euro 2012, sonhando em escrever um novo capítulo na ilustre história da competição. Antes do grande jogo, relembre alguns dos momentos que eternizaram craques e seleções na memória dos torcedores e fizeram do torneio o que ele é hoje.

1. A primeira e única glória soviética
O primeiro campeonato europeu de seleções, realizado em 1960, deu à União Soviética o seu único grande título e consagrou o nome de Viktor Ponedelnik. O atacante de 23 anos fez o gol da vitória por 2 a 1 sobre a Iugoslávia, em Paris, a sete minutos do fim da prorrogação. Ainda assim, teve a humildade de reconhecer que o craque da competição foi o companheiro Lev Yashin. “Tive a sorte e a honra de jogar ao lado desse goleiro, o maior de todos os tempos”, disse Ponedelnik mais tarde.

2. Um finalista decidido na sorte
Portugal pode ter considerado cruel a eliminação na semifinal deste ano, mas a frustração de perder nos pênaltis não é nada comparada à maneira como a União Soviética foi eliminada em 1968. Após o empate sem gols persistir durante 120 minutos de jogo com a Itália, coube ao capitão soviético Albert Shesternyov escolher cara ou coroa para decidir se a sua seleção iria para a final. Para a tristeza do jogador, apelidado de “Ivan, o Terrível”, a sorte naquele dia estava ao lado da Azzurra, que avançou para a decisão e acabou conquistando o título, mais uma vez sobre a Iugoslávia. Dois anos depois, as cobranças alternadas de pênaltis passaram a fazer parte do regulamento.

3. A inspiradora imprudência de Panenka
Se alguma vez ficou comprovado que a disputa por pênaltis, longe de ser “uma loteria”, é um teste de técnica e equilíbrio psicológico, foi na final da Euro 1976. Diante da cobrança mais importante da história do seu país, um pênalti que poderia dar o título europeu à Tchecoslováquia e arruinar o sonho da então campeã mundial Alemanha, Antonín Panenka tomou distância, correu em direção à marca fatal, freou no último segundo e habilmente deu um leve toque embaixo da bola para colocá-la no fundo das redes do já batido Sepp Maier. Pelé descreveria o feito como obra “de um gênio ou de um louco”.

4. Platini e nada mais
Nenhum jogador dominou tanto uma edição da Eurocopa como Michel Platini em 1984. O francês marcou nove gols em cinco partidas, com direito a dois tripletes “perfeitos” (um gol de pé direito, outro de canhota e um de cabeça) contra Bélgica e Iugoslávia. No entanto, o tento mais importante de Platoche saiu na semifinal contra Portugal. Em um jogo considerado por muitos o melhor da história do torneio, ele fez a diferença aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação, quando o placar apontava 2 a 2, marcando o gol da classificação para a final contra a Espanha, em que a Françaconquistaria o seu primeiro título continental.

5. A magia de Marco van Basten
Se Platini continua a ser o maior artilheiro da história da Euro, o gol mais bonito do torneio talvez pertença a outro craque da bola. Marco van Basten já havia encantado durante toda a edição de 1988, mas foi na final contra a União Soviética que o holandês concebeu uma obra-prima, anotando o gol do título com um sem-pulo espetacular de um ângulo aparentemente impossível. “Era o segundo tempo e eu já estava um pouco cansado”, disse ele ao UEFA.com recentemente. “Quando o Arnold Mühren cruzou a bola, pensei: ‘posso dominá-la e tentar passar por todos esses zagueiros ou posso fazer do jeito mais simples e arriscar um chute’.” A decisão de Van Basten garantiu o primeiro grande título da Holanda.

6. O suor e as lágrimas de Vilfort
O triunfo da Dinamarca na Euro 1992 foi adequadamente descrito como um conto de fadas, mas essa história na verdade teve episódios de alegria e dor. Antes do início do torneio, o meio-campista Kim Vilfort havia sido informado que a filha de sete anos, Line, estava sofrendo de leucemia terminal. Ele chegou a deixar a seleção por duas vezes, mas foi convencido pela família a retornar. O astro do Brondby perdeu a terceira partida da Dinamarca na fase de grupos para estar no hospital ao lado de Line, mas voltou para participar da vitória na semifinal contra a Holanda e entrou para a história ao marcar o gol do título na decisão diante da Alemanha. Poucas semanas depois, a menina faleceu sabendo que o pai era um herói nacional.

7. Um gol de tirar o chapéu
Inglaterra e Escócia, os rivais mais antigos do futebol internacional, nunca haviam se enfrentado em uma grande competição até a Euro 1996, quando Wembley foi palco de um clássico decidido em poucos e emocionantes minutos do segundo tempo. O termômetro subiu na capital inglesa quando David Seaman defendeu o pênalti de Gary McAllister, mantendo a vitória parcial dos donos da casa por 1 a 0, e atingiu a temperatura máxima com o gol espetacular de Paul Gascoigne. Depois de receber um passe em profundidade na ponta esquerda da grande área, o meio-campista deu um lindo chapéu em Colin Hendry e bateu de primeira para as redes do seu então companheiro de Rangers, Andy Goram.

8. O voleio de ouro de Trezeguet
Embora a Euro 1996 tenha sido decidida no gol de ouro, o tento de Oliver Bierhoff não chegou a ser uma pintura. Quatro anos depois, porém, David Trezeguet saiu do banco para garantir o título europeu com um voleio de canhota no teto da rede, completando a memorável virada francesa na eletrizante final contra a Itália. “Primeiro fiquei feliz pelos meus companheiros, depois pela minha família, e finalmente por mim”, comentou o atacante recentemente. “Tínhamos o sonho de sermos campeões do mundo e da Europa.” Graças ao golaço de Trezeguet, o sonho virou realidade.

9. A inesquecível zebra azul e branca
Ninguém esperava por essa. A Grécia, que pagava 250 por 1 nas bolsas de apostas antes do início do torneio de 2004, protagonizou a maior zebra da história da Eurocopa. Depois de passar da primeira fase às custas de Espanha e Rússia, a seleção de Otto Rehhagel bateu França, República Tcheca e, por fim, o anfitrião Portugal, sempre por 1 a 0, para erguer a taça. “Os gregos fizeram história no futebol”, disse o técnico logo após o apito final. “É incrível.”

10. Três minutos de puro Zidane
Com 90 minutos de jogo completados no Estádio da Luz, em 2004, a Inglaterra vencia a França por 1 a 0 e, apesar de um pênalti perdido por David Beckham, parecia já estar com os três pontos no bolso. Até que Zinedine Zidane decidiu mudar o rumo da história. Não satisfeito em empatar o jogo aos 46 do segundo tempo em bela cobrança de falta, o maestro francês vestiu o capuz de carrasco e completou a virada com um gol de pênalti três minutos depois. Mais tarde, ele descreveria a partida como “uma das melhores” que já jogou.

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Para você, qual foi o momento inesquecível da Euro?

Fonte: http://pt.fifa.com

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JGalvão

#Eurocopa2012 – Brasileiros representados na ‘maior exposição de camisas da Europa’

O cartaz logo na entrada promete levar à maior exibição de camisas de futebol na Europa. Logo ao lado do Estádio Olímpico de Kiev está o Planetário, onde a exposição ocorre desde o início da Euro 2012 e terá seu último dia aberta ao público neste domingo, antes da decisão entre Espanha e Itália. O problema em questão é que o presente é um tanto menor que a encomenda, que tem até poucos clubes brasileiros. Nada muito fora do padrão, porém, quando se fala de Ucrânia. Não ao menos durante a maior competição do continente.

Exposição de futbeol em Kiev  (Foto: Victor Canedo / Globoesporte.com)Exposição de futebol em Kiev mostra camisas de Fla e Galo (Foto: Victor Canedo / Globoesporte.com)
Exposição de futbeol em Kiev  (Foto: Victor Canedo / Globoesporte.com)Bahia e Fluminense dividem espaço com outros
times (Foto: Victor Canedo / Globoesporte.com)

Uma grande sala recebe camisas dos mais variados times e seleções de todo o planeta. Clubes brasileiros como Grêmio, Fluminense, Flamengo, Atlético-MG e Bahia marcam presença com alguns uniformes exóticos, a especialidade da casa. O SC Rio Grande, primeiro a nascer no país, também está ali com o verde, vermelho e amarelo chamando a atenção. O Rei do Futebol, Pelé, pode ser visto em uma camisa retrô do New York Cosmos, enquanto a Seleção Brasileira tem a sua pequena homenagem com uma blusa usada pouco antes na Copa do Mundo de 1994.

A coleção tem grande influencia nos anos 90, com uniformes antigos de Juventus, Barcelona, Manchester United, Arsenal, Liverpool, Milan, Internazionale de Milão, entre outros. Há ainda uma pequena seção com uniformes de Dínamo de Kiev e Shakhtar Donetsk, as equipes mais famosas do país, em uma das únicas áreas mais organizadas, já que a imensa maioria está no teto e fora de ordem.

Exposição de futbeol em Kiev  (Foto: Victor Canedo / Globoesporte.com)Caricaturas de craques não têm compromissos com a realidade (Foto: Victor Canedo / Globoesporte.com)
Exposição de futbeol em Kiev  (Foto: Victor Canedo / Globoesporte.com)Exposição tem camisas dos mais variados times
(Foto: Victor Canedo / Globoesporte.com)

A visita é ainda mais surpreendente quando se vê caricaturas de personalidades do futebol já fora da sala. Os desenhos, feito por uma pessoa de 70 anos, não têm lá seus compromissos com a realidade. A legenda em ucraniano dificulta ainda mais o reconhecimento de craques como Maradona, Messi e outros – Pelé teve a ajuda de estar ao lado da Copa do Mundo de 1970.

No estádio, a poucos metros dali, um ensaio da festa de encerramento podia ser ouvido por quem passava ao redor. O palco já está todo decorado, à espera de espanhóis e italianos no domingo que celebrará o campeão europeu de 2012.

Fonte: http://globoesporte.globo.com

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JGalvão

Em terra de Shevchenko, trio brasuca se diverte com o que Ucrânia oferece

Quase todos os jogadores do Dínamo de Kiev voltam de pequena folga para reiniciarem a pré-temporada, que terá uma viagem aos Alpes austríacos. Entre eles não está, por exemplo, Andriy Shevchenko, ídolo máximo da Ucrânia, e que ainda não definiu sua possível aposentadoria após a disputa da Eurocopa 2012. Sem sequer jogar, os atletas recebem uma quantia recheada de dólares das mãos de um dos mandachuvas. Uma remuneração comum no país, usada para burlar o Fisco. É o primeiro contato dentro do Centro de Treinamento do clube mais tradicional de um país que diverte, principalmente, um trio brasileiro com o que tem a oferecer.

Dudu Danilo Silva Leandro Almeida do Dínamo de Kiev (Foto: Victor Canedo / Globoesporte.com)Dudu, Danilo Silva e Leandro Almeida: brasucas no Dínamo de Kiev (Foto: Victor Canedo / Globoesporte.com)

O trio, na verdade, é um quarteto. O meia-atacante Dudu, ex-Cruzeiro, o lateral-direito Danilo Silva, ex-Internacional, e o zagueiro Leandro Almeida, ex-Atlético-MG, sentem a ausência do zagueiro Betão, ex-Corinthians. No Dínamo desde 2008, o defensor viaja com a esposa e tem moral o suficiente para encontrar-se com os companheiros apenas em Innsbruck. Quando juntos, eles formam uma família que tenta amenizar as diferenças – e a distância – do Brasil na capital ucraniana.

Há, como sempre, o lado bom e o ruim. E a esperança no que se refere ao legado da Eurocopa. Bonitos estádios já são uma realidade. Faltaria o Campeonato Ucraniano ganhar o reconhecimento que almeja com os milhões já investidos.

– Desde que cheguei aqui eu escuto falar que o futebol vem melhorando. Antigamente era apenas Dínamo e Shakhtar, batiam em todo mundo, como Barcelona e Real Madrid no Espanhol. As equipes menores estão crescendo, fazendo melhores contratações, investindo mais. Tenho essa visão de que, com a Eurocopa, o país vai aproveitar o embalo – disse Danilo Silva, sem esquecer do preconceito ainda presente no país.

– O Betão já passou por alguns apertos. Uma vez uma criancinha passou perto e disse: “Olha lá, vovó, o negro sabe falar russo”. Ele já sentiu algumas coisas.

A temperatura, no entanto, é algo que já não mete tanto medo assim. No auge do inverno, entre dezembro e janeiro, ou os jogadores estão de férias ou em pré-temporada em outro país europeu. O que não quer dizer que não sofram com o frio e suas consequências.

– No ano que cheguei já fomos jogar em um campo lotado de gelo. Pensei: “Deve ser legal dar um carrinho”. Minha coxa ficou toda arranhada. Era dezembro, a última partida antes de ir para as férias. Achei que dava para escorregar, mas nada. Travou tudo, fiquei todo queimado. E aí fui piada entre os amigos no Brasil quando fomos à praia. Perguntaram se eu tava é jogando na terra (risos) – contou Leandro Almeida.

Essa é apenas uma das histórias do antigo defensor do Galo. Com algum tempo de casa, ele já foi até rival de Shevchenko num torneio de pôquer online – e teve de fugir da sala por conta das altas apostas. Dudu, o mais comedido, estranhou de início a forte marcação ucraniana, seja em treinamentos ou jogos, e destacou o “sacrifício” que é voltar de Goiânia no fim das férias.

Confira a entrevista abaixo:

Danilo Silva treino Dínamo de Kiev (Foto: Victor Canedo / Globoesporte.com)Danilo Silva em treino do Dínamo de Kiev: aposta
no legado da Eurocopa (Foto: Victor Canedo)


Eurocopa, Ucrânia e o povo

Danilo Silva: Acho que a ideia é de que a cidade melhore. Já houve uma maquiada em função de transporte, que era bem precário. Os ônibus, alguns muito antigos, foram trocados, está tudo mais novo e melhor. Sobre a questão de recapeamento da cidade, mudou bastante coisa. E essa parte de construções mais modernas, principalmente na área central, prédios mais novos surgiram. Só espero que não tenha sido apenas uma maquiada.

O povo tem um pouco de preconceito, ainda é fechado, frio, aquele estereótipo do europeu. Eu não sofro tanto com o racismo, mas o Betão já passou alguns apertos. Uma vez uma criancinha passou perto e disse: “Olha lá, vovó, o negro sabe falar russo”. Ele já sentiu algumas coisas.

Campeonato Ucraniano

Danilo Silva: Desde que cheguei escuto falar que o futebol vem melhorando. Antigamente era apenas Dínamo e Shakhtar, que batiam em todo mundo, como Barcelona e Real Madrid fazem no Espanhol. As equipes menores estão crescendo, fazendo melhores contratações, investindo mais. Acredito que, com a Eurocopa, o país vai aproveitar o embalo.

Leandro Almeida: Até mesmo o mercado vai melhorar. Já está grande no que diz respeito à vinda de brasileiros para cá. E acho que vai melhorar depois da Euro. Muitos brasileiros quando falam de Ucrânia, Rússia… Todos já pensam no frio. Mas se você chegar, se adaptar e começar a jogar, é muito legal. Aí você esquece do frio, das dificuldades. Meu caso foi esse. Parece que você convive melhor com os jogadores do clube, essas coisas. Espero que a Euro mude essa visão de alguns.

Danilo Silva: Todo mundo que assina o contrato pensa no lado financeiro. Mas quando você chega e começa a jogar, tem outra impressão. Champions League, Liga Europa… São outras oportunidades. A parte financeira claro que interessa, para sair do Brasil e ter a sua independência. Mas também, aos poucos, conforme chega aqui e vê o futebol crescendo… Vale a pena.

Shakhtar é campeão ucraniano (Foto: Divulgação)Shakhtar foi o campeão ucraniano da última temporada (Foto: Divulgação)

Histórias curiosas

Danilo Silva: Tem uma história que o Betão usa para brincar com o pessoal daqui, que é muito frio e rude. No supermercado, geralmente precisa comprar a sacola se precisa dela. A pessoa pergunta, só que não tem muita gentileza. “Você precisa de uma sacola?”. “Você tem cartão de desconto?”. Tudo gritando. E isso é mulher, por causa da cultura. Muitas vezes a gente dá até risada pela grosseria que eles têm, assim de vivência, desse pós-guerra, dos avós.

Leandro Almeida: O dia que o doutor foi dar injeção num zagueiro grandão do nosso time. Quando estávamos na Champions, o treinador obrigava a tomar injeção de vitamina antes da partida. E nós não gostávamos, não, doía muito. Era um doutor mais de idade. E ele treme muito, aí eu entrei na sala e quando o vi… “Não vou, não”, pensei. Vou esperar o outro ir. Vou conferir ele tomar a injeção, para ver como iria reagir. Estava preparando a seringa dele, vou deitando… De repente o doutor deu uma agulhada na costela dele (gargalhadas). Pegou no osso em cima, mas eu ri tanto, saí fora da sala correndo.

Leandro Almeida: E outro caso parecido foi no dia em que iria comprar o carro. Só que eu não queria treinar porque a agência iria fechar. Disse que tinha comido alguma coisa que não fez bem, saí fora rápido para pegar o meu carro. “Doutor, não estou me sentindo bem”. “Então espera um pouquinho”, ele respondeu. Pensei “Que bom, não vou treinar não”. Passou um tempinho e ele me chamou lá na sala de injeção. “Deita aí”, disse. Não é possível que vai vir aplicar a injeção. Chamou o doutor de idade, pediu para esticar o braço para tomar soro na veia. O tradutor nosso chegou, e eu perguntei o que ele iria fazer. “Ele vai aplicar soro na sua veia”. Quando eu vi ele vindo com a agulha tremendo, me levantei da maca correndo. “Não vou tomar isso, não, vai rabiscar o meu braço todo” (risos). “Não, senta aí que é tranquilo”. Sentei de novo, não queria olhar. Quando vi de novo o doutor tremendo, foi a gota d’água. Não dava. Mas chegou o outro doutor e pronto. Acredita que fiquei mais de uma hora tomando soro, mais tempo que se tivesse treinado. Acabou o treino e não consegui pegar o carro.

Leandro Almeida: Na Alemanha, o Bertoglio (atualmente no Grêmio) foi fazer a cirurgia no tornozelo e ficou torto. O pé dele estava um pouco mais abaixado que o outro. O doutor queria operar o bom para chegar no ruim, disse que a cirurgia foi legal (risos). Chegou a minha vez, estava com problema de púbis. Ele não tinha os braços e queria aplicar a injeção com o braço de borracha. “Não, não vai”. Passei perrengue.

Leandro Almeida, Dínamo Kiev x Maccabi Tel-Aviv (Foto: EFE)Leandro Almeida comemora gol pelo Dínamo de Kiev: sinal de ‘bicho’ (Foto: EFE)

Bicho

Leandro Almeida: A coisa que é bacana aqui é a premiação. Dependendo do dia, o presidente se empolga e até dobra. Teve uma partida que ganhamos de 9 a 0, e ele se empolgou. Se a gente está na Liga Europa, Champions, às vezes ganha mais bicho do que o próprio salário. Isso para quem joga é excelente. Não tem do que reclamar. Pode ter o frio que for, porque é excelente para quem tá jogando.

Danilo Silva: Para as menores equipes há um valor. Para médias, outro. Para grandes, um outro. Para Champions, mais um diferente, e por aí vai. Mas, normalmente, quando é mais Shakhtar, o bicho é bem alto. Nós batemos recorde no Ucraniano na última temporada (9 a 0). Quando ele está muito contente, a galera dá um grito para dobrar o bicho, e às vezes ele dá. Geralmente é assim, são boas gratificações.

Inverno

Danilo Silva: Hoje eu prefiro jogar no frio. Frio que digo é ali entre zero e dez graus. Eu me sinto bem nessa temperatura, até zero, porque o desgaste é menor. E a parte de frio mesmo aqui, geralmente o inverno brabo, é dezembro e janeiro, chega a -30ºC. Chegou a bater recorde numa época que não estava aqui, -40ºC. E no verão faz 40ºC, o oposto. Quando está muito frio evitamos sair, só mesmo para restaurante, shopping, lojas.

Leandro Almeida: Nessa época bem rigorosa não estamos aqui, mas sim no Brasil ou na pré-temporada. Para treinar é tranquilo: calça, três blusas de frio, touca. Mas para sair na rua dá preguiça. Tem que ser assim. Quem sofre mais são nossas esposas, sempre dentro de casa. E querem sair, pois ficar só em casa não dá. Quando é jogo assim que é ruim, blusa e roupa térmica por baixo, aí sente frio mesmo. Quando vi pela primeira vez a neve foi demais, treinei com a bola laranja. No primeiro ano que cheguei já fomos jogar em um campo lotado de gelo. Pensei: “Deve ser legal dar um carrinho”. Minha coxa ficou toda arranhada. Era dezembro, a última partida antes de ir para as férias. Achei que dava para escorregar, mas nada. Travou tudo, fiquei todo queimado. E aí fui piada entre os amigos no Brasil quando fomos à praia. Perguntaram se eu estava é jogando na terra (risos)

Dudu: O pessoal do Brasil acha que são os 12 meses de frio. Toda época alguém pergunta se está frio. Não é verdade.

Shevchenko

Danilo Silva: Ele conversa com a gente quando necessário. Lógico que tem ligação mais forte com ucranianos, pois jogam na seleção com ele. Até conversa, o relacionamento é tranquilo, mas ele é a grande estrela do país, não tem como negar. Se eu começar a cornetar não vai ficar legal (risos).

Leandro Almeida: Ele foi o cara da Ucrânia, no Milan, mas pela idade não rende tanto dentro de campo. Às vezes até fica no banco, nem sempre é titular. Mas tem que respeitar o que foi. Quando tem a oportunidade ele brinca conosco. Que nem um dia quando fui jogar pôquer, entrei na sala e não podia. Tinha um muito próximo, cheguei e anotei o nome do cara. Perguntei para o Betão, e era ele. Quando estou jogando online, estou “benzão” e vejo que ele está entrando, eu já saio fora. Está doido, esse cara tem dinheiro demais (risos). Faz propaganda e tudo. O meu apelido é macaco azul. E direto ele fica brincando no treino. Gosta muito do Dudu também, brinca direto.

 Shevchenko ucrânia x suécia (Foto: Reuters)Shevchenko comemora gol pela Ucrânia nesta Euro 2012: ídolo máximo do país e do Dínamo (Foto: Reuters)

Dínamo x Shakhtar

Danilo Silva: O Dínamo contrata mais a parte defensiva. Dudu e André até vieram pra cá. Mas é diferente, porque no Shakhtar são mais atacantes, se entendem mais pela filosofia do treinador. Acontece muito de o Shakhtar ter uma comunicação legal na frente por serem todos brasileiros, faz parte do estilo de jogo. Aqui até mesmo pelo Dudu, ele sofre muito, pois tem nigeriano na frente, mais dois ucranianos, ou um croata e um ucraniano. É uma comunicação que leva tempo para encaixar certinho. Essa questão do Shakhtar fazer esse bom campeonato na Champions e tudo, acho que mostrou uma boa imagem para o Brasil. Até mesmo pelos jogadores, o Jadson, que voltou para o São Paulo, por exemplo, e outros tantos. Isso valorizou muito e deu um marketing muito grande para o Brasil. O dono do clube é o cara mais rico da Ucrânia. A gente tem a melhor defesa, e eles, o melhor ataque. Só que acontece de o nosso ataque não marcar tanto, eles levam vantagem nisso.

Leandro Almeida: Marketing é maior porque sempre tem brasileiro fazendo gol, mostrado na mídia. Aqui no Dínamo, como é defensor, é mais difícil, é apenas um ou outro. E hoje em dia, se for comparar, o Shakhtar está levando vantagem em cima da gente. Nós nos igualamos, mas permitimos uma brecha na reta final. O que vale é o confronto direto, não à toa já colocam na reta final para dar um clima de decisão, fazem de propósito.

Saudade do Brasil?

Dudu treino Dínamo de Kiev (Foto: Victor Canedo / Globoesporte.com)Para Dudu, voltar do Brasil é um sacrifício após as
férias (Foto: Victor Canedo / Globoesporte.com)

Danilo Silva: aquele feijãozinho que a gente traz, tem que trazer algumas coisas. Mas à parte de família, são as condições. Assinamos contrato, somos profissionais, tem que trabalhar.

Dudu: Quando vou ao Brasil, é um sacrifício para voltar. Sofro muito. Mas é primeiro ano, é assim mesmo.

Leandro Almeida: Sempre trago uma malinha cheia, com refrigerante e um monte de negócio. E na temporada passada trouxe meu cunhado e dois amigos do Brasil para conhecer um pouco aqui. Até muda um pouco, mostra o que a gente passa por aqui. Temos a oportunidade sempre de, no meio do campeonato, o treinador dar três dias de folgas. Dá para passear pela Europa. Essa temporada no início que é o bacana, temos duas ou três folgas, conhecemos outros países, bem bacana. Paris, Roma, esses lugares todos.

Volta ao futebol brasileiro?

Leandro Almeida: Acho que a questão é mais se o jogador está atuando ou não. O Danilo, desde que chegou, está jogando. Pensar em voltar, só se for caso de ter um filho. Estou respondendo por ele, mas é mais ou menos isso. Se está numa sequência de jogos, se está jogando, não tem por que voltar. Lógico que se aparecer um clube bacana, uma boa proposta… Eu não descarto voltar ao Brasil, não. Se o time acertar com o clube e comigo, eu vou. Brasileiro é muito fera. A gente assiste às partidas do Brasileiro e vê o quão é diferente. Até a transmissão do canal é diferente, diferença na narração. Aqui grita gol, rola uma empolgação do futebol brasileiro.

Às vezes, a galera aqui fica vendo jogos lá do Brasil. O meio-campo recebe, pensa, tem espaço, e perguntam se não vai chegar no cara. Eles ficam doidos. Lá no Brasil ele domina, olha, toca… Aqui não. Se dominou a bola tem que ir em cima. Uma vez foi até engraçado, dominei de peito, letra, só toque bonito. O cara deu um carrinho em mim e recebeu os aplausos. Saí dele, e o treinador aplaudiu o cara que deu o carrinho. Vou correr mais não (risos). É cultura mesmo.

Danilo Silva: Vejo por um lado que é um ciclo. Você está aqui, a partir do momento que vê que não chegou ao fim, vai continuando de acordo com as dificuldades. “Opa, está na hora de voltar”. Lógico que se pintar oportunidade muito boa, que compense voltar, eu volto. Mas é muito difícil fazer negócio com os ucranianos, russos. Acertando um acordo, não tem problema. Futebol é igual, regras são iguais, mas o estilo de jogar é diferente. Futebol brasileiro é tranquilo, sente essa parte mais tranquila, dinâmica quanto aqui. É muito para frente. Não tem aquela cadência e muito contato.

Fonte: http://globoesporte.globo.com

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JGalvão

#Eurocopa2012 – Adeus com a cabeça erguida

Adeus com a cabeça erguida

© Getty Images

Portugal não tem do que se arrepender após a eliminação nas semifinais da Euro 2012 diante da Espanha, em uma disputa de pênaltis dramática. Os lusos fizeram os campeões mundiais e europeus suarem até a última gota e só sucumbiram nas cobranças alternadas. Isso explica por que os jogadores deixaram o gramado orgulhosos, apesar da evidente frustração de ter de voltar para casa às portas da final de um torneio tão importante.

Em entrevista exclusiva, dois dos principais nomes da retaguarda portuguesa confirmaram esse sentimento de altivez no grupo. Tanto o zagueiro do Real Madrid Pepe, que fez uma partida impecável, quanto o goleiro Rui Patrício, cuja defesa na primeira cobrança de pênalti, de Xabi Alonso, encheu de esperança milhões de torcedores em Donetsk e no mundo inteiro, ressaltaram que Portugal fez uma grande Euro e já está pensando em uma nova oportunidade no Brasil 2014.

Noite de contrastes
Primeiro a tomar a palavra, Rui Patrício deixou clara a decepção coletiva da seleção após o último chute dos 11 metros. “Estou triste, porque o principal objetivo era chegar à final, e é sempre complicado perder nos pênaltis”, disse. “É verdade que consegui pegar uma cobrança, mas isso não me deixa realmente feliz. Preferia não ter feito a defesa, mas conseguido a classificação”.

No coração do goleiro, contudo, havia também um sentimento diferente, de orgulho pelo trabalho realizado ao longo do torneio. “Acho que fizemos um bom papel, apesar de tudo”, destacou Rui Patrício. “O balanço final da competição não é nem um pouco decepcionante. Em minha opinião, fomos bem, a derrota não ofusca em nada nossa campanha.”

Pepe fez coro com o discurso do companheiro. Segundo o defensor, com um pouco mais de sorte, a história poderia ter sido bem diferente. “Fizemos um belíssimo campeonato e trabalhamos muito para chegar aonde chegamos”, assinalou. “Perdemos para a grande favorita, a Espanha, uma seleção de enorme qualidade, mas de maneira alguma fomos inferiores. Perdemos nos pênaltis, que são uma loteria. Eles tiveram a sorte que nos faltou.”

Em seguida, o zagueiro de 29 anos aprofundou um pouco mais a análise para tentar explicar onde Portugal falhou. “Acho que fomos muito sólidos atrás, contra uma seleção que se movimenta bastante no ataque. E do outro lado do campo, criamos chances durante os 120 minutos, mas não conseguimos finalizar. Talvez tenha faltado esse detalhe diante do gol. Em jogos assim, isso acaba sendo decisivo”, considerou.

Perspectivas promissoras
Foi em meio a essa mistura de sentimentos contraditórios que os jogadores portugueses tentaram assimilar a eliminação nas horas que se seguiram ao fim do jogo. O que ficou evidente é que Portugal deixa a Ucrânia de cabeça erguida. “Mostramos que temos uma grande seleção, que não tememos ninguém e que sempre podemos jogar de igual para igual”, avaliou Rui Patrício.

Seu companheiro de defesa foi além. “A verdade é que o desempenho foi ótimo”, reiterou Pepe. “Estávamos em um grupo muito complicado, ao lado de Holanda, Alemanha e Dinamarca. Conseguimos avançar e depois fizemos uma seleção como a Espanha sofrer para ganhar. Isso deve ser reconhecido, embora não tenhamos alcançado o objetivo principal, que era vencer o torneio.”

Agora é um momento de reflexão e análise, mas também de otimismo, como destacou o goleiro. “Esta competição certamente será uma excelente referência para o futuro. Somos uma seleção jovem e esta geração ainda tem muito a oferecer. Temos dois anos para amadurecer e chegar mais fortes ao Brasil. Talvez esse seja o maior consolo, saber que teremos uma nova chance em breve”, afirmou Rui Patrício.

Pepe enveredou pelo mesmo caminho, mas com a dose de nostalgia que não pode faltar a nenhum português, ainda que de adoção. “Saímos triste, claro, porque, sempre que você chega perto de um objetivo e deixa escapá-lo, naturalmente pensa: ‘O que teria acontecido se…’ Agora, só nos resta descansar, refletir e olhar para frente”, concluiu.

Fonte: http://pt.fifa.com

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JGalvão