Quando você ama o que faz, na maioria das vezes é muito difícil aceitar que chegou a hora de parar de atuar, principalmente porque o ser humano em qualquer pofissão que atue, geralmente não é preparado para a hora de pendurar as chuteiras!
Conheça alguns ídolos que decidiram voltar a atuar após a aposentadoria e ainda brilharam!
Pelé
Até mesmo o maior de todos os atletas teve dificuldades para dizer adeus aos gramados. Primeiro, Pelé titubeou para se despedir da seleção brasileira: após a Copa de 1966 – quando foi caçado pelos portugueses e saiu lesionado na terceira partida – e afirmou que não vestiria mais a camisa verde-amarela. Mudou de ideia em 1969 e, no ano seguinte, foi fundamental no tricampeonato, no México. Despediu-se da seleção, em 1971, no empate por 2 a 2 contra a Iugoslávia, no Maracanã. Em 1974, Pelé fazia poucos gols e sofria com seguidas contusões no Santos e decidiu se aposentar. Em partida na Vila Belmiro diante da Ponte Preta, Pelé se ajoelhou no meio do campo antes de ser substituído e se despediu. Mas, seduzido por uma montanha de dóalres do New York Cosmos, dos Estados Unidos, alongou um pouco mais sua carreira e voltou aos campos um ano depois do adeus. Ficou três temporadas em Nova York, conseguiu um título nacional, disputou 106 partidas, marcou 64 gols e, ao lado de craques como Carlos Alberto Torres, Beckenbauer e Cruyff, foi responsável por divulgar um pouco mais o futebol no país. Sua despedida oficial foi em 1º de outubro de 1977, no Giants Stadium, em partida entre o Santos e o Cosmos. Pelé jogou um tempo em cada equipe, e marcou seu último gol pelo Cosmos.
Michael Jordan
Um dos maiores talentos da história do basquete, Michael Jordan teve muitas dificuldades para deixar as quadras. O lendário camisa 23 do Chicago Bulls voltou duas vezes após se declarar aposentado. O primeiro adeus veio em 1993, após o tricampeonato da NBA (91, 92 e 93) e o título olímpico de Barcelona (1992). Jordan dizia estar abalado com a morte do pai e se aventurou no beisebol, onde atuou pelo Birmingham Barons. Retornou à NBA em 1995, conseguiu um novo tricampeonato com a franquia de Chicago e decidiu se retirar como o maior da história, em 1998. Mas em 2001 Jordan retornou à NBA vestindo a camisa do Washignton Wizards, equipe da qual era dono e presidente. Foram mais duas temporadas, e adeus definitivo foi em 15 de abril de 2003, aos 40 anos.
Magic Johnson
O lendário Magic Johnson, armador do Los Angeles Lakers, retornou da aposentadoria duas vezes. O primeiro adeus veio de maneira chocante: em 1991, Johnson descobriu que era portador do vírus HIV e anunciou que deixaria as quadras para cuidar de sua doença. Voltou no ano seguinte, conquistou o ouro olímpico com o Dream Team americano, em Barcelona, e participou também do All Star Game, antes de declarar a aposentadoria novamente. Durante os anos seguintes, atuou como ativista e embaixador dos tratamentos à doença. A paixão pelo esporte o fez retornar mais uma vez às quadras, na temporada 1996. Aos 36 anos, Johnson teve boas atuações e levou o Lakers aos playoffs, mas com a eliminação para o Houston Rockets encerrou definitivamente sua carreira.
Martina Hingis
Uma jovem suíça de olhos verdes encantou o mundo na década de 90, ao vencer cinco Grand Slam e se tornar uma das maiores tenistas da história antes de completar 20 anos. Mas Martina Hingis teve sua carreira abreviada por problemas físicos e de doping. Aos 16 anos, venceu o Australian Open de 1997 e se tornou a mais jovem tenista a levantar um Grand Slam. Nos anos seguintes, reinou absoluta como número 1 do mundo, esbanjando talento – com seus golpes de direita e estratégias perfeitas – e personalidade, até a chegada dos primeiros problemas físicos. Sofrendo com seguidas lesões no tornozelo, Hingis deixou as quadras em 2002. Voltou em 2006 e até conseguiu resultados expressivos: venceu três torneios da WTA e chegou ao 6º lugar no ranking. No ano seguinte, porém, foi pega no doping pelo uso de cocaína e, revoltada com a decisão, deixou o tênis de forma definitiva, aos 27 anos.
Kim Clijsters
Outra tenista de enorme talento se arrependeu da aposentadoria, mas neste caso, conseguiu resultados expressivos em seu retorno. A belga Kim Clijsters já era número 1 do mundo e campeã do US Open, mas não suportava mais o excesso de contusões e decidiu largar o tênis, em 2007, aos 24 anos. Casou-se e teve uma filha, mas após vencer a alemã Steffi Graff em uma partida de exibição, decidiu retornar ao circuito, em 2009. Por não possuir ranking, entrou como convidada no US Open daquele ano e, de maneira surpreendente, conquistou o título superando as irmãs Williams e Caroline Wosniacki. Venceu o torneio novamente em 2010 e também o Australian Open de 2011, se tornando a única mãe número 1 do mundo da WTA.
Michael Schumacher
Com sete títulos mundiais, o alemão Michael Schumacher é o maior vencedor da história da Fórmula 1 e, mesmo assim, não conseguiu largar o osso. Duas vezes campeão com a Benneton e cinco com a Ferrari, Schummi encerrou sua carreira ao final da temporada de 2006. Três anos depois, acenou com a possibilidade de voltar à Ferrari, depois de um acidente com Felipe Massa, mas problemas físicos nos treinos o impossibilitaram. O retorno aconteceu em 2010, na equipe Mercedes. Nas duas temporadas após a sua volta, não conseguiu subir ao pódio e terminou em 9º e 8º na classificação geral. Aos 43 anos, segue em atividade.
Lance Armstrong
Antes de conquistar por sete vezes a Volta da França, o americano Lance Armstrong descobriu em 1995 que tinha câncer nos testículos, além de tumores no pulmão e no cérebro. Armstrong se recuperou da doença de forma surpreendente e faturou de 1999 a 20005 todas as edições da prova a mais importante do ciclismo mundial. Com esse recorde absoluto, o americano decidiu parar de competir, mas, arrependido, retornou às pistas, em 2008. Aos 37 anos, ainda conseguiu um terceiro lugar na volta francesa e abandonou o esporte de vez apenas em 2011.
Ian Thorpe
O australiano Ian Thorpe faturou nos Jogos Olímpicos de 2000 três das suas cinco medalhas de ouro olímpicas, em sua terra natal. Em Atenas, repetiu os bons resultados e se consolidou como um dos grandes da modalidade. No entanto, em 2006, ofuscado por Michael Phelps e sofrendo seguidas lesões, abandonou as piscinas. Porém, após cinco anos afastado, decidiu tentar uma vaga para os Jogos de Londres. Thorpe não conseguiu repetir os feitos de quando era o “Thorpedo” e seu índice foi insuficiente para a Olimpíada. Em 2012, aos 29 anos, Thorpe afirmou que pretende seguir competindo em alto nível.
Paul Scholes
O volante Paul Scholes não resistiu à saudade dos gramados, voltou a atuar pelo Manchester United e tem sido, mais uma vez, decisivo, aos 37 anos. Volante de muita classe e visão de jogo, Scholes ostentou sua cabeleira ruiva durante 17 anos atuando com a mesma camisa, até anunciar sua aposentadoria em maio de 2011. Em janeiro deste ano, porém, viu na contusão de jogadores de sua posição uma possibilidade de retorno e não pensou duas vezes: no dia 7 de janeiro, voltou a campo, justamente contra o adversário deste fim de semana, o rival City. O United venceu a partida por 3 a 2 e conseguiu classificação na Copa da Inglaterra. A partir daí, Scholes retomou a boa forma e passou a atuar com frequência, sendo um dos responsáveis pela recuperação do atual líder da competição. Ao lado do galês Ryan Giggs, parceiro de toda a carreira, Scholes foi fundamental nas principais conquistas do Manchester nas últimas duas décadas – duas Liga dos Campeões, dois Mundiais Interclubes e dez campeonatos ingleses.
Justine henin
Em maio de 2008, a tenista belga Justine Henin – baixinha, esquerda com apenas uma das mãos e imbatível na variação de golpes e estratégia – anunciou que se retirava do circuito de maneira definitiva e irrevogável. Foi a primeira vez que uma tenista encerrava carreira enquanto era número 1 do mundo. Ela alegou não mais estar jogando em alto nível e queria parar no topo. Havia vencido 41 torneios, sete Grand Slams e acumulou mais de 20 milhões de dólares em prêmios, aos 25 anos. Pouco mais de um ano depois, em setembro de 2009, anunciou sua volta. Em 2010, fez a final do Austrália Open contra Serena Williams e perdeu, mas ainda venceu dois torneios menores – Stuttgart (Alemanha) e ‘s-Hertogenbosch (Holanda) -, foi semifinalista em Miami, mas com problemas de contusão no cotovelo ficou fora de alguns torneios. Logo depois de ser eliminada na terceira rodada do Australian Open de 2011, emitiu nota, “em estado de choque”, dizendo que abandonava a carreira de forma definitiva, aos 28 anos, seguindo determinações médicas.
Fonte: http://veja.abril.com.br
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Por JGalvão